Deus e a garrafa.

Esta semana encontrei uma velha amiga na praça de alimentação de um shopping, ela estava acompanhada de sua mãe e outra amiga, conversamos bastante e  rimos muito nos lembrando dos velhos tempos do colégio.

Ao me despedir da minha amiga e das pessoas que estavam com ela, como sempre faço ao me despedir de alguém, eu disse: Namastê!

A mãe da minha amiga me olhou com ar de reprovação e perguntou o que significa Namastê e qual a sua religião? Eu respondi que era Cristã Espiritualista e Namastê quer dizer “O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você”, ela então argumentou que tal religião não existe e que devemos crer apenas no Deus vivo.

Eu olhei para aquela petulante senhora e respondi: Em parte a senhora tem razão, não se trata de religião, mas de uma filosofia de vida, sou cristã porque amo a Cristo e sou espiritualista porque creio na espiritualidade.

Quanto a Deus, eu também acredito que exista um só criador de tudo e de todos a quem damos o nome de Deus, mas olhe para aquela garrafa, apontei para uma garrafa que estava sob uma mesa próxima a nós, e disse: Se eu pedir para três pessoas descreverem aquela garrafa, cada pessoa vai descrever aquela mesma garrafa de maneira diferente,  ela imediatamente discordou, claro que não!  Então eu chamei o garçom e mais duas pessoas da mesa ao lado é pedi, por favor, para cada um deles descreverem aquela garrafa. O garçom disse que era uma garrafa de suco de uva de tal marca, a segunda pessoa disse que era uma garrafa de vidro normal e a terceira pessoa disse que era uma garrafa de vidro azul, de um designe muito bonito.  Então eu olhei para a mãe da minha a amiga e comentei, a senhora viu?  Cada pessoa falou algo diferente sobre a mesma garrafa, ou seja, teve um entendimento diferente a cerca da mesma garrafa.

Assim também é com Deus, cada um tem o Deus da sua compreensão, cada pessoa vê Deus por uma ótica diferente, cada um entende Deus de acordo com sua religião, filosofia ou doutrina, embora, Ele seja um só!

Agradeci as pessoas e mais uma vez me despedi com o gesto que sempre faço.

NAMASTÊ!

(Frância Alves)